As festas de fim de ano chegaram. Como tradicionalmente acontece, passei com minha família, na casa da minha avó [e por família entenda-se: tios, primos, avós]. Meu avô me ignorou, fingindo que eu não estava lá, ou tentando, porque, inadvertidamente, tirei-o na famosa brincadeira de amigo secreto.
Para deixar claro: meu avô não gosta de mim. Sim, isso perdura... Ele sente vergonha pelo fato da minha mãe, filha dele, ter sido mãe solteira [sendo eu a filha], o que, na opinião dele, jogou o 'nome da família' na lama. Digamos que me ver seguindo os 'mesmos passos' [ainda que 6 anos mais nova do que quando ela engravidou, ou seja, meu caso era bem pior], deixo-o ainda mais arrasado. Eu nunca tentei compreender, não vou ser hipócrita. Pra mim, o que importa é o meu afeto dispensado aos meus, e o deles a mim.
A despeito de toda a 'tensão natalina', o revéillon foi melhor. Com minha mãe, meu irmão e uma amiga, na praça da cidade. Mesmo eu tendo olhares abismados em minha direção, arisquei-me a sair um pouco e respirar fundo e com energia positiva esse momento tão bonito que é o ano chegando cheio de possibilidades, inteirinho para mim e meu filho, que eu carregava em meu ventre cheio de amor.
Feliz ano 2000.
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